Ser mãe
- Laís
- 11 de mar. de 2018
- 2 min de leitura

Minha trajetória pessoal na maternidade é a de uma mãe em busca de constante aperfeiçoamento, sim sou perfeccionista e demorei pra me reconhecer como tal. Busco também o equilíbrio entre a compreensão das minhas limitações naturais, tentando ser compassiva comigo, mas sem perder a noção de que posso sempre dar mais e melhor. Isso é meu caminho pessoal e cada vez mais percebo o quanto essa missão de ser mãe a mim confiada encontra intersecção com meus processos interiores mais profundos. Minha evolução passa pelo processo de ser mãe! Acredito que essa é uma grande benção que recebi de Deus, pois encontro aqui mesmo dentro de casa todos os recursos e ferramentas para o desenvolvimento e aprimoramento das minhas virtudes e qualidades.
Nem sempre compreendi isso... na verdade posso dizer que em alguns momentos lutei contra isso, na minha imaturidade via a maternidade mais como um processo biológico que incluía, entre outras atribuições, a responsabilidade por outro ser humano. Apenas isso. Foi um período de egoismo e individualismo que, como disse, estava ligada a minha imaturidade.
Em determinado momento eu passei por um despertar que abriu meus olhos para a riqueza dessa chave de compreensão. Eu não sei sinceramente se todas as mulheres passam por isso ou deveriam passar... eu acho que Deus tem seus caminhos que em cada ser humano é de uma forma especifica, individualizada e unica. O meu é esse. Ser mãe me trouxe pra perto de Deus, me trouxe pra perto de mim. Me tirou das garras do egoísmo e ignorância e me fez ver quilômetros a frente. No "pacote" veio também uma compreensão muito profunda de quem me antecedeu, um respeito, amor e gratidão pelas mulheres a perder de vista para trás que eu carrego dentro de mim em forma de instintos e percepções.
Quando eu educo me educo... quando percebo que para melhorar determinado ponto fraco nos meus filhos, devo necessariamente me melhorar, eu cresço! Preciso aprender para ensinar e são inúmeras oportunidades ao dia para perceber o momento que isso se dá. É um trabalho de vigilância constante, até de meditação ativa eu diria! Estar presente em si e para eles... completa, integra e plenamente presente.
Dentro desse processo que assumi como essencial para minha vida, encontro inúmeras dores e alegrias. Mas se é recompensador a longo prazo, também é a curto! Recebo amor dos meus filhos, carinhos, entrega, confiança. Que coisa incrível é ter uma família!
Eu costumo dizer que se filhos, sangue e carne sua, não forem o bastante pra te transformar para melhor, o que mais será?! Esse amor que parte do processo biológico mais fundamental e nos eleva ao melhor que um ser humano pode conscientemente permitir viver, extrai de nos nosso melhor, se dermos permissão ara isso. Afinal, essa é uma escolha que deve ser feita e vai muito além do momento em que vai aceitar ter um filho ou não. É perfeitamente possível ter filhos, cria-los até a vida adulta sem que jamais se de conta desse processo transformador. Eu não consigo imaginar desperdício maior.
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